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Quando comecei a explorar a ideia de trabalhar num projeto pessoal, não estava claro aquilo que queria fazer.

Sabia que:

  • estava farta de ter a obrigação de trabalhar num escritório das 09 às 18h;
  • estava farta de ser uma assistente polivalente, que sabe e faz tudo, mas não é recompensada financeiramente como tal;
  • estava farta de trabalhar sozinha e não fazer parte de uma equipa, sentindo-me sempre como o elemento estranho da empresa.

Ou seja, sabia tudo aquilo que não queria na minha vida. Mas aquilo que eu quero, ainda precisava de ser desbravado.

Precisava de refletir sobre o meu ponto de partida e investigar onde queria chegar, tal como descrevi neste artigo.

A minha ideia sempre foi trabalhar online. Imaginava-me a escrever conteúdos, destacar-me pela qualidade dos mesmos e ser reconhecida. Também gostava de fazer alguma coisa relacionada com fotografia, que é algo que eu gosto muito.

Queria trabalhar sem horários, sem pessoas a chatear-me com tarefas monótonas e sem qualquer tipo de estímulo intelectual. Queria ser dona do meu tempo. E queria, aliás, quero, sentir que estou a causar impacto na vida de alguém.

A pandemia do COVID-19 trouxe-me uma excelente oportunidade: trabalhar a partir de casa. O que me permitiu explorar um pouco do que é trabalhar sem a obrigação de estar no escritório a olhar para as paredes durante 8 horas por dia, mesmo quando não existem tarefas.

Decidi por isso, investir ao máximo neste tempo para arregaçar as mangas e iniciar a jornada de criar algo que me fizesse sentir realizada. Criar o meu próprio trabalho, tal como o imagino.

Os primeiros meses foram uma enorme confusão. Assisti a workshops, conferências online, comecei a fazer planos de ação… mas era tudo demasiado e não havia ponta por onde pegar.

Percebi mais tarde, que estava viciada em consumir conteúdo (ainda continuo, mas estou a melhorar, a pouco e pouco 🙂 ).

Tinha de estruturar tudo aquilo que precisava de fazer e de saber para poder transformar a minha ideia num projeto. E dedicar-me ativamente a decifrar aquilo que quero para a minha vida.

Sou muito organizada e muito racional, mas percebi durante este processo, que posso ser um autêntico desastre ao nível de organização criativa!

Por mais que tente estruturar todos os passos que tenho que dar para atingir um dos objetivos, parece que a lista aumenta em outra das etapas.

E está a ser-me muito difícil conseguir manter a ordem e o foco.

Já cheguei a esta fase e, é claro que tenho de celebrar as pequenas vitórias: construí o blogue e estou, efetivamente, a produzir conteúdos.

Mas o blogue não está a 100% e tenho tido vários percalços na criação e na otimização do mesmo.

E escrever um artigo é um autêntico desafio. Tem de ter conteúdo de qualidade para que faça sentido e te seja útil na tua jornada; tem de respeitar as boas práticas em termos de SEO para que o possas encontrar nos resultados do Google, o que implica, um título atrativo, pesquisa de palavras-chave e a utilização de inúmeras ferramentas para o fazer.

Para além disso, ainda preciso de pensar numa estratégia para as redes sociais (e definir em quais quero estar presente). Apenas importa ter um blogue para partilhar conteúdos, se tiver pessoas com quem o partilhar, certo? 😉

Acredito que ao fim de algum tempo isto possa ser tudo muito automático, mas para já está a ser verdadeiramente desafiante.

Por isso, hoje, permiti-me escrever sem regras e sem considerar qualquer tipo de otimização para o amigo Google.

Quis apenas partilhar contigo uma parte deste processo que está a ser mais difícil de gerir. Porque este também é um dos objetivos deste espaço: partilhar as coisas tal como são, sem estar sempre a dourar a pílula.

Nos próximos artigos, vou trazer-te algo bem mais interessante e otimista, porque com estas dificuldades todas, tive de arranjar estratégias para conseguir avançar no meio da confusão.

Vou, por isso, partilhar contigo nos próximos artigos:

  • o processo que eu tenho utilizado para a organização criativa
  • o plano de ação que estruturei para transformar a minha ideia em projeto
  • o passo-a-passo que utilizei para criar um blog no wordpress

A minha coach uma vez disse-me que “a confusão precede a clareza” e fez-me visualizar um daqueles globos de neve que se colocam de cabeça para baixo, amontoam a neve e depois quando se colocam na sua posição correcta, a neve vai assentando até ficar tudo limpo.

É uma imagem que me acompanha até hoje e que me tranquiliza quando sinto tudo muito confuso na minha cabeça e tenho dificuldade em desfazer os nós.

Basta recordar que os pensamentos estão a fazer o processo deles, e que aquela confusão toda vai assentar e resultar em clareza.

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Seguimos juntos!

Créditos da imagem: Imagem de congerdesign por Pixabay

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