fbpx

Esta entrevista faz parte da rubrica quinzenal: Segundas de Inspiração.
Histórias de quem trocou o certo pelo incerto
e de quem seguiu percursos profissionais diferentes dos convencionais.
Espero que te inspire.

Nome: Ana Sofia Rodrigues

O que fazes?

Sou Terapeuta na área da Saúde e Bem-estar, mais concretamente Especialista em Medicina Tradicional Chinesa & Desenvolvimento Pessoal.

Quem és tu além daquilo que fazes?

Sou mulher adulta e às vezes também criança ?

Adoro viajar, cantar, dançar, rir, conhecer novos lugares, novos sabores, novas pessoas (adoro pessoas ?). Sou uma curiosa desde sempre, entusiástica na descoberta de mais sobre mim, sobre o outro, sobre o mundo.

Adoro estar na natureza e adoro animais! Tenho dois gatos que muito me dão e ensinam, desde que os adoptei. Adoro a vida!

 O que deixaste na tua vida profissional passada?

Fui Gestora de Clientes em 2 Instituições Bancárias de renome em Portugal durante 14 anos. Deixei essa carreira em 2012 e com a carreira, deixei ir inúmeras regalias associadas aos benefícios da profissão. Posso dizer que deixei também aquilo que, naquela altura, se considerava ser “seguro”.

No entanto, também deixei um ambiente que me adoecia, quer pela pressão do dia-a-dia, quer pelos valores que me rodeavam, onde o foco era os objectivos, o dinheiro, a carreira e não o Ser Humano.

Como percebeste que querias deixar o trabalho por conta de outrem?

Nos últimos 6 anos de Banca já sabia que não estava na profissão e rumo certos, mas não sabia ainda o que queria fazer ou Ser. Sentia uma enorme divergência entre quem eu era (e os meus valores humanos) e os valores da Instituição e da profissão em si.

Foi durante os cursos que frequentei de Psicoterapia e depois de Medicina Chinesa (entre outros), que se tornou claro que eu não conseguia mais continuar a exercer uma profissão que não me preenchia, não me realizava, não estava de acordo com quem sou e com os meus valores humanos.

Independentemente de todas as condições e regalias que tinha como benefício dessa profissão, o meu bem-estar e felicidade sempre estiveram em primeiro lugar.

Quanto tempo até dares o salto?

Aproximadamente 6 anos como referi, desde que comecei a questionar o que estava ali a fazer ? A certeza foi tornando-se mais evidente e clara ao longo da caminhada que percorri fora do ambiente profissional, com vários cursos, formações, retiros, terapias, que me foram ajudando a conhecer-me melhor e até chegar o momento do “salto” em 2012.

Com que idade fizeste essa mudança?

Tinha 35 anos quando me saí da Banca. Iniciei muito jovem esta antiga carreira, com 21 anos. Hoje tenho 45 e não mudaria nada. Nunca coloquei em causa a minha decisão de sair do Banco, independentemente dos desafios que fui encontrando pelo caminho. O coração sabe sempre o caminho, e eu segui o meu.

Que desafios tiveste de ultrapassar para, hoje, poderes fazer aquilo que gostas?

Muitos! ? Mas valeram – e valem – todos a pena. De início e como comecei do zero, tive cerca de 1 a 2 anos com rendimentos muito baixos, necessitando de utilizar poupanças para sobreviver. Foi necessário readaptar-me e criar uma auto-gestão para o novo modo de vida que escolhi, quer ao nível de gestão de tempo ou mesmo das finanças.

Ao nível da Profissão de Especialista de Medicina Chinesa outros tantos desafios foram sendo vividos pelo legalizar e regulamentar da própria profissão (e infelizmente, ainda hoje, existem várias lacunas na lei nesse sentido, não existe ainda um curso superior em Portugal nesta área)

O que terias feito diferente?

Nada. Sou uma mulher sem arrependimentos e acredito que todas as nossas escolhas são as certas, desde que consigamos ser coerentes connosco próprios e sempre procurei fazer isso. Tudo é experiência e é a experiência que nos traz a sabedoria. É como diz aquela história:

Discípulo: Mestre, como faço para me tornar sábio?

Mestre: Boas escolhas.

Discípulo: E como fazer as boas escolhas?

Mestre: Experiência.

Discípulo: E como adquirir experiência?

Mestre: Más escolhas!

Um conselho para quem está insatisfeito com a sua vida profissional e quer dar o salto.

De forma breve: Segue o teu coração. Ele sabe sempre o caminho.

De forma mais longa e nunca anulando o seguir do coração: é, na minha opinião, fundamental, a pessoa conhecer-se bem e saber o que gosta, o que quer, o que não quer, quais as suas competências e características. Unindo as suas competências e dons, aos seus gostos e seguindo o coração, só pode correr bem! E o Universo, ajuda sempre.

Uma ideia ou um sonho que gostasses de tirar da gaveta.

Escrever um livro. (na verdade, vários!)

Podes conhecer o trabalho da Ana Sofia através do seu site.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *